Imprensa entra em luto por atentado a revista francesa

Atentado a Paris 01

A comoção provocada pelo sangrento atentado contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo se reflete nesta quinta-feira (8) na primeira página dos jornais.
Na imprensa francesa, fundos pretos e desenhos prestam homenagem aos 12 mortos, entre eles famosos cartunistas, no atentado com kalashnikov cometido na quarta-feira em Paris contra a revista.
“Todos somos Charlie”, afirma o jornal “Libération”. A frase, apresentada por muitos manifestantes na noite de quarta-feira, figura em muitas manchetes de jornais.
“A liberdade assassinada”, afirma, por sua vez, o jornal conservador Le Figaro, que publica as fotos de seis vítimas: os cartunistas Cabu, Charb, Honoré, Tignous, Wolinski e o cronista Bernard Maris.
Em um editorial intitulado “A guerra”, o diretor do jornal anuncia “uma verdadeira guerra, obra não de assassinos na sombra, mas de assassinos metódicos e organizados, cuja selvageria gela o sangue”.

Atentado a Paris 02
O jornal “Les Echos” convoca a ‘Enfrentar a barbárie’ e publica o último desenho de Charb. O editorial arremete contra “canalhas encapuzados (que) declararam guerra contra a França, contra nossa democracia, nossos valores”.
“Barbárie”, sobre um fundo preto, também é a manchete escolhida pelo jornal gratuito “20 Minutes”.
Na Bélgica, o jornal econômico “L’Echo” intitula “Todos Charlie” sobre um fundo preto, no centro de sua primeira página, que reproduz 17 capas da Charlie Hebdo. Seu irmão flamengo “De Tijd”, mais sóbrio, apresenta uma primeira página quase toda preta com as palavras “Sou Charlie”, em francês.
Toda a primeira página do jornal flamengo “De Morgen” é ocupada por um desenho que representa em vermelho sobre um fundo branco um terrorista que segura uma kalashnikov e exclama “Estão armados!” diante de um personagem com um lápis.
O editorialista do “La Libre Belgique” Francis Van de Woestyne estima que “este ataque é, por seu impacto, sua violência, tão importante quanto o que atingiu Nova York em 11 de setembro de 2001”.

Via G1.
Foto: AFP

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