Ministro alerta: mais de 50% dos brasileiros estão obesos

A saúde é uma das áreas que mais tem sofrido transformações no país. Seja em seu contexto de prestação de serviço público ou particular, a assistência médica é um dos assuntos mais pertinentes e que ultrapassa as fronteiras brasileiras. E foi buscando discuti-la sob o aspecto da sua verticalização, que a revista América Econômica realizou na manhã de ontem (18), a Conferência Saúde, no Hotel Sharaton, no Campo Grande.

Entre as autoridades presentes, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, palestrou sobre a saúde pública e privada no país, mostrando caminhos percorridos e que estão para ser feitos, comentando assim, os avanços e os desafios pertinentes de sua área. “Temos uma responsabilidade muito grande, onde a própria saúde passa por transições, no qual devemos reconhecer essas transições seja na esfera pública, quanto demográfica”.

Entre as transições comentadas pelo chefe da pasta, está a transição nutricional. De acordo com Chioro, o Brasil saiu da fase de subnutrição e avançou para a obesidade. Segundo ele, 52% da população adulta brasileira está obesa, enquanto que 17% de toda a população já sofre com problemas consequentes da obesidade. A deficiência gera uma preocupação ainda maior, quando se levado em conta que 1/3 das crianças brasileiras sofrem com o problema. “Nós ainda não chegamos ao estado alarmante ao qual chegaram os Estados Unidos e o México, mas já precisamos olhar atentamente para o cenário da saúde, neste aspecto”, comentou o ministro.

Outro ponto levantado por Chioro diz respeito às transições epidemiológicas, que segundo ele, passaram por um padrão misto, onde, embora não se registre no Brasil, mortes na mesma proporção, do que nas décadas passadas, as doenças transmitidas via insetos continuam fazendo parte das preocupações do ministério, e por isso não foi eliminada. Aliado a essa, vêm o envelhecimento da população brasileira que, também conseguiu impor mais desafios a uma parcela da sociedade que antes era muito menor.

Apresentados os desafios, o ministro apresentou a incorporação de medicamentos, como um grandes investimentos feitos pelo Governo Federal na área de saúde básica. Ele afirma que houve um crescimento de 52% entre 2010 e 2013 no número de medicamentos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pulando de 550 para 840 itens, além da incorporação de 133 novos produtos desde a criação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, no SUS, em 2011, e terminou por citar avanços na assistência farmacêutica, que cresceu 70% no Brasil, nos últimos quatro anos.

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