Corpos de vítimas de massacre em escola são velados em estádio de Suzano

Um velório coletivo com as vítimas do massacre em Suzano está sendo realizado na Arena Suzano, o ginásio de esportes da cidade, nesta quinta-feira (14). Familiares de seis vítimas confirmaram a participação no velório coletivo.

São velados os corpos dos alunos Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos, Caio Oliveira, 15 anos, Kaio Lucas da Costa Limeira, 15 anos, Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, da funcionária Eliana Regina de Oliveira Xavier e de Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, coordenadora pedagógica da escola. O velório do Douglas Murilo Celestino, 16 anos, acontece em uma cerimônia reservada em uma igreja evangélica. O corpo de Jorge Antônio Moraes, tio de um dos atiradores, acontece em outro local.

O velório estava previsto para começar às 20h de ontem e vai até as 16h. Os corpos das vítimas devem deixar a Arena às 17h para que sejam enterrados.

Para evitar encontros entre as famílias, os corpos dos dois atiradores, Luiz Henrique de Castro e Guilherme Taucci Monteiro, foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) do município vizinho de Mogi das Cruzes.

Missa 
Horas após o ataque que deixou pelo menos dez mortos em Suzano (SP) – incluindo os dois atiradores – moradores do município de 294 mil habitantes, na Grande São Paulo, organizaram uma missa na rua da Escola Estadual Raul Brasil em homenagem às vítimas.

A missa foi celebrada pelo padre Cláudio Taciano, que pediu por paz. Em frente ao muro da escola, foram deixadas flores, junto com cartazes com os nomes de cada uma das oito vítimas do ataque conduzido por dois ex-alunos da escola.

Ontem, o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PR), decretou luto oficial de três dias na cidade. A Câmara Municipal da cidade também decretou luto. As aulas foram suspensas por dois dias nas escolas municipais e estaduais da cidade.

Assistência
Suzano, com mais de 1,3 milhão de habitantes, se prepara para o luto oficial de três dias e o velório coletivo na Arena Suzano, no Parque Max Feffer. Nessa sexta-feira (15), por orientação da prefeitura, os educadores se reunirão para definir as ações que serão tomadas com os 26 mil alunos das escolas públicas municipais. O objetivo é adotar medidas para combater a violência e o assédio moral no esforço de estabelecer a cultura de paz.

Equipes de psicólogos vão apoiar o trabalho. Eles se colocaram à disposição, ao lado de assistentes sociais, psiquiatras, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, para ajudar os amigos e parentes das vítimas. Só ontem cerca de 200 pessoas passaram pelo local.

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