ENCONTRO DISCUTE INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS PARA CADEIA PRODUTIVA DO CACAU

A retomada do crescimento produtivo do cacau, com modernização, inovações tecnológicas, acesso a crédito e mercado, foi discutida no seminário ‘Parceria Mais Forte – Governo do Estado e Sociedade Civil juntos pela Agricultura Familiar’, realizado ontem, no auditório da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), no município de Ilhéus, no Território de Identidade Litoral Sul.

O evento, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com a Ceplac, reuniu mais de 170 agricultores familiares e assentados de reforma agrária produtores de cacau, de Ilhéus, que enxergam na cacauicultura uma cadeia promissora para geração de emprego, renda e permanência no campo.

O secretário da SDR, Josias Gomes, destacou que a pauta do seminário foi sobre um fruto que está presente na região do sul da Bahia há mais de 200 anos, o que requer articulações, estratégias e novas formas para garantir êxito no cultivo. “Nosso propósito é que o cacau continue sendo o carro-chefe da economia da região e, para isso, nos interessa essa integração entre prefeitura, estado e sociedade civil, na perspectiva de alavancar a produção e contribuir para que os agricultores familiares tenham condições de viver com a cadeia do cacau”, afirmou.

Para Wilson Dias, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à SDR, o seminário representou um momento para balanço e prospecção de novas ações, juntando os diversos atores que atuam desde o sistema financeiro com crédito, até os órgãos que promovem assistência técnica, fomento e agroindustrialização. “A vocação dessa região para a cacauicultura já foi demostrada, durante muitos anos. Agora encontramos possibilidades de dar um salto muito grande de qualidade, com geração de renda e a SDR continua investindo nisso”, disse.

Debate

Durante o seminário, técnicos da Ceplac apresentaram um panorama da cacauicultura do cultivo de mudas ao beneficiamento. Posteriormente, agricultores familiares debateram os desafios para produzir mais e melhor. O coordenador da superintendência da Ceplac na Bahia/Espírito Santo, Carlos Alexandre Brandão, destacou que “essa luta em torno da bandeira do cacau não pode ser de forma isolada. Essa mediação é importante para que a gente consiga satisfazer a ponta, através das pesquisas da extensão e do desenvolvimento regional”.

O agricultor familiar José Ronaldo dos Santos, morador da comunidade rural Vila Ribeira das Pedras, comentou que investir na cacauicultura é um caminho promissor, pois ele, após receber as orientações técnicas, saiu da produção de 12 arrobas para 48 arrobas no primeiro ano em que fez a recuperação da lavoura. “A expectativa é que neste ano, alcance 200 arrobas”, revelou.

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