MPF quer 92 anos para mãe de Geddel

A Força Tarefa Greenfield protocolou na segunda-feira as alegações finais no processo que investiga a participação de Marluce Vieira Lima, mãe do ex-ministro Geddel e do ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima no controle das finanças ilegais da família.

 

Marluce seria responsável por gerir, guardar, determinar a saída e a inserção no mercado do dinheiro ilegal captado pelos filhos. Entre os recursos administrados por ela estão os R$ 51 milhões apreendidos em dinheiro vivo, em um apartamento vazio de Salvador.

O MPF pede a aplicação de pena de, no mínimo, 92 anos e 6 meses de reclusão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os crimes têm relação com as propinas recebidas em operações de financiamentos e empréstimos da Caixa Econômica Federal (CEF), investigadas pelas operações “Cui Bono?” e “Sépsis”.

As movimentações aconteceram no período em que Geddel estava na vice-presidência de Pessoas Jurídicas do banco, no governo de Dilma Rousseff. O recebimento da propina, de quase R$ 20 milhões, foi intermediado pelo colaborador Lúcio Funaro.

Também houve recebimento, em espécie, de vantagem indevida de quase R$ 4 milhões do Grupo Odebrecht pelos irmãos Geddel e Lúcio. O esquema contava ainda com a retenção de parte dos salários pagos a secretários parlamentares lotados nos gabinetes dos Vieira Lima.

Na terça, a Segunda Turma do STF condenou Geddel a 14 anos e 10 meses de prisão e Lúcio a 10 anos e 6 meses, ambos cumprindo a pena em regime fechado, além de pagar R$ 52 milhões por danos morais. Geddel (que está preso há mais de dois anos), Lúcio e a mãe, Marluce, foram denunciados em dezembro de 2017.

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