Após revés, Mano diz que Bahia ‘não entrou como se deve entrar’ contra o Defensa

O técnico Mano Menezes, do Bahia, disse não ter gostado do que viu do seu time diante do Defensa y Justicia na noite desta quarta-feira (9) na Arena Fonte Nova pela primeira partida das quartas de final da Copa Sul-Americana. Ao ser questionado sobre as escolhas por Elias e Rodriguinho no meio do jogo, o treinador afirmou que o time “não entrou como se deve entrar” e que buscou dar mais qualidade técnica ao meio de campo.

 

“Quando fomos ao intervalo, estávamos sofrendo uma marcação forte no meio campo e a gente não estava conseguindo passar por essa marcação, sustentar essa bola no meio para que a equipe chegasse com qualidade na frente. Ronaldo não tinha condição de jogar, ele foi reintegrado há três dias e alguns sofrem mais com a questão da Covid. A gente entendeu que Elias era o mais adequado. A gente tem que parar de individualizar. O Bahia encontrou dificuldade nos primeiros minutos, não entrou como se deve entrar para um jogo decisivo. Eu disse isso antes e não iniciamos o jogo bem. E não estavam Elias e Rodriguinho. Então não adianta querer individualizar, sou bem experiente e sei quando querem individualizar. Até criamos oportunidades, mas é um jogo grande e temos que responder na quarta-feira que vem”, disse.

 

Questionado se o Bahia perdeu intensidade na segunda etapa e se ele acredita no vigor físico dos criticados Elias e Rodriguinho, Mano discordou e reiterou que não fará individualizações em suas análises.

 

“Não acho que o Bahia perdeu intensidade no segundo tempo. O jogo é intenso o tempo inteiro, jogo de Sul-Americana, a diferença é que o adversário breca mais o jogo. Toda vez que eles sofriam uma falta, o árbitro deixava para ser atendido um minuto, dois minutos. Tivemos problemas como teríamos com qualquer formação. Não adianta querer direcionar que não é assim que vai funcionar”, rebateu.

 

Ainda vivendo problemas com o setor defensivo, Mano reconheceu que esta é uma situação que incomoda. Para o treinador. o time precisa ter maturidade para poder criar jogadas e conseguir se defender bem.

 

“É uma situação que me incomoda. Me incomoda porque a gente toma gol com facilidade. Mas não acho que é só um problema de defesa. Seria simplista de minha parte dizer que a última linha toma gol. A última linha toma gol porque a equipe perde a bola na frente quando não pode perder, ou quando perde a bola porque o time se abriu para construir a vantagem e quando o nível do adversário é bom. Nosso sistema precisa melhorar, a gente tem que se manter organizado para construir o jogo. A primeira questão bem objetiva é que uma equipe que se desorganiza para construir a jogada ofensiva está desorganizada para se defender. O Bahia ainda comete esse equívoco. Não está maduro para construir e o erro custa caro”, indicou.

 

Mano também não poupou críticas ao trabalho de arbitragem do equatoriano Guillermo Guerrero. Na primeira etapa, foram seis consultas ao árbitro de vídeo e 14 minutos de acréscimo. No entanto, o treinador reconheceu que existem problemas do time a serem resolvidos. 

 

“Uma arbitragem catastrófica. Foi muito grosseiro, foi muito despreparo, foi muito discutível o que aconteceu. Para uma equipe que sai perdendo, cria uma dificuldade para imprimir o ritmo. Mesmo assim tivemos uma penalidade e perdemos. Achamos o lance de Gilberto muito discutível. O Bahia teve seus problemas e não vamos fechar os olhos. Vamos tentar resolver da forma que a gente acredita”, finalizou. 

 

As duas equipes voltam a jogar na próxima quarta-feira (16), às 19h15, no estádio Norberto Tomaghello. Para avançar, o Tricolor precisa vencer por dois gols de diferença ou repetir o placar favorável ao rival para levar a disputa para os pênaltis.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *