Feita no Brasil, vacina contra a dengue já é estudada em humanos

A vacinação em larga escala contra a dengue está mais próxima de tornar-se realidade: o Instituto Butantan, centro de pesquisa pública de São Paulo que lidera o projeto, anunciou que 14 mil voluntários já participam dos estudos clínicos para avaliar a efetividade da vacina. No total, 17 mil pessoas serão incluídas no grupo de avaliação— incluindo 5 mil crianças. Após obter uma patente nos Estados Unidos, em junho, o Instituto Butantan estima que a fábrica responsável pela produção da vacina entrará em operação em janeiro de 2019. A preparação desenvolvida fornecerá imunidade contra os quatro tipos virais da dengue.  O projeto é financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e pelo Ministério da Saúde: juntos, os órgãos do governo federal repassaram R$ 197 milhões para o projeto: desde 2010, o investimento total foi de R$ 224 milhões. A vacina é produzida com o vírus atenuado da dengue e tem o objetivo de estimular a produção de anticorpos no organismo, para que o sistema imunológico já esteja preparado no momento em que entrar em contato com o vírus “verdadeiro”.  Após a fase final de estudos com humanos, o registro da vacina será protocolado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A partir daí, o produto já estará disponível para ser oferecido para os brasileiros.  Em relatório de maio, o Ministério da Saúde afirmou que o Brasil teve 40 mortes confirmadas por dengue neste ano. Em 2017, 48 pessoas morreram em decorrência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O ano de 2015 registrou um recorde no número de ocorrências e mortes: houve 1,65 milhão de casos, com 863 mortes. 

Revista Galileu

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