Os professores que integram a Associação de Docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (ADUSC) decidiram paralisar suas atividades acadêmicas nessa quarta-feira, 8, quando participarão de ato público em frente à sede da Secretaria de Educação do Estado, em Salvador.
No Dia Estadual em Defesa da Educação Pública os professores voltarão a reivindicar a ampliação do quadro de vagas, valorização do trabalho docente, respeito aos direitos trabalhistas, reposição salarial em parcela única, revogação da lei 7.176/97 e mínimo de 7% da receita líquida do estado baiano para as universidades estaduais.
A paralisação dessa quarta-feira foi aprovada no último dia 25, na mesma assembleia em que a ADUSC também entrou em estado de greve, a exemplo das associações docentes das outras três universidades baianas (UESB, UNEB e UEFS).
A expectativa de greve divide opiniões na UESC. Há estudantes que são contra, porque uma paralisação por tempo indeterminado atrasaria o percurso acadêmico e frustraria os planos de quem espera concluir a graduação em tempo regular. Por outro lado, os que apoiam eventual interrupção dos trabalhos afirmam que o movimento em defesa da educação pública não pode ser determinado por essa visão considerada imediatista. Sustentam que a construção permanente dos espaços públicos é um processo coletivo que deve ser pensado a longo prazo. Por isso, parar a universidade seria um recurso legítimo para sensibilizar o governo Rui Costa a negociar com os professores.
