Um novo relatório sobre a eficácia e a toxicidade da fosfoetanolamina sintética, mais conhecida como “pílula do câncer”, aponta que o uso da substância em altas doses reduziu em 34% o tamanho do tumor de melanoma –um tipo de câncer de pele– em camundongos.
A dose aplicada aos animais com efetividade foi equivalente ao que seria a ingestão de 40,5 mg/kg da substância por um ser humano. Essa quantidade é mais que o dobro da dose sugerida pelo pesquisador da USP São Carlos que distribuía a “pílula do câncer”: 17,5 mg/kg.
A eficácia do composto em altas doeses foi menor do que a da cisplatina, um dos compostos utilizados para o tratamento do câncer atualmente. Os animais que receberam cisplatina tiveram redução de 68% do tumor após o tratamento.
A pesquisa feita pelo CIEnP (Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínico), e financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, separou os roedores em grupos. Num deles foi administrada diariamente uma dose de 200 mg/kg de fosfoetanolamina sintética, em outro 500 mg/kg da mesma substância, e no último 2 mg/kg de cisplatina.