Com o desemprego ainda elevado e o poder de compra comprometido, o brasileiro não está conseguindo guardar dinheiro, seja para realizar um sonho de consumo, preparar-se para a aposentadoria ou simplesmente lidar com imprevistos. A informação é da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Dados apurados pelas duas entidades revelam que 67% dos consumidores brasileiros não conseguiram guardar nenhuma parte de seus rendimentos em agosto – o percentual é ainda maior considerando as pessoas das classes C, D e E (71%).
Já entre as pessoas de renda mais alta (classes A e B), o percentual de não-poupadores é de 54%, um dado expressivo e que revela que o hábito de poupança não é frequente mesmo entre pessoas que recebem um salário maior.
Apenas 22% dos entrevistados foram capazes de poupar ao menos parte do salário em agosto, sendo que cada poupador guardou em média, R$ 546,61. O baixo número de poupadores tem se mantido estável ao longo da série histórica, sendo que em agosto de 2018 girava em torno de 16%.